Bem próximo a Padova, na pequena cidade de Valsanzibio, está o Jardim Barbarigo, um dos jardins mais belos da Europa e considerado o mais belo jardim da Itália. A obra foi encomendada em 1630 pelo nobre veneziano Francesco Barbarigo. Um de seus filhos, bispo de Padova, para pagar uma promessa, pensou em um jardim que simbolizasse o caminho do homem em busca da própria salvação, um monumento que fosse emblema da estrada que leva o homem do erro à verdade, da ignorância à revelação.
O responsável pelo projeto foi o arquiteto Luigi Bernini, irmão do famoso Gian Lorenzo Bernini, que contribuiu com tantas obras importantes em Roma como a basílica de San Pietro e a Fontana dei Quattro Fiumi. O percurso do jardim, na alegórica busca da perfeição, começa por um labirinto verde que possui sete paredes representando os sete pecados capitais. A cada vez que se depara com uma parede, o “jogador” é convidado a refletir sobre seus erros.


Depois de conseguir sair do labirinto, chega-se à gruta do eremita, que simboliza o espaço onde meditar sobre as descobertas feitas ao seguir o labirinto.

O jardim possui fontes, esculturas, lagos, árvores seculares, 70 estátuas esculpidas em pedra de Istria em 10 hectares de um verde sem igual. Tudo muito bem cuidado ao longe de impressionantes 350 anos.

Seguindo a alegoria do jardim, chega-se à ilha dos coelhos que convida à reflexão sobre a condição humana comum, sujeita à ação do espaço e do tempo. O mesmo significado tem a estátua do tempo, outra belíssima alegoria presente no jardim.


Dentro do jardim, a Villa Barbarigo era a casa da família e ainda hoje mantém as características da construção original dos anos 1600.

No lago em frente à entrada da vila, tem vários cisnes, dois deles eram negros. Eu nunca tinha visto cisne negro. Tudo a ver com a atmosfera do lugar.


O jardim e vila Barbarigo ficam em Valsanzibio na região das Colinas Eugâneas, pertinho de Padova, ou Pádua. Já falei sobre a região neste post aqui. A entrada custa 9 euros.